FlaxFlu: Promoção dos ingressos do Fluminense para jogo contra o Flamengo vira meme na Internet!
Alguns clássicos já nascem com tensão. Outros, com expectativa. O FlaxFlu, sinceramente, consegue nascer com as duas coisas, e ainda arruma espaço para uma pitada de caos. Mas a polêmica da vez sequer passa pelo gramado: ela está nos ingressos Fluminense, que baixaram de preço justamente quando o rival rubro-negro… já tinha esgotado tudo.
E aí começou o festival de ironias e memes: “Black Friday tricolor”, “liquidação de setor”, “promoção relâmpago de clássico”. É claro que ninguém está dizendo que o Fluminense criou uma Black Friday oficial — e vamos deixar isso bem claro:
Observação: o Fluminense não lançou uma Black Friday real. O termo é usado aqui apenas como forma irônica de descrever a queda repentina dos preços e o contraste com o movimento do Flamengo.
Dito isso, a situação é, no mínimo, curiosa: um lado esgota ingressos em minutos; o outro precisa reduzir valores para tentar aumentar a procura. E se tem algo que o FlaxFlu sempre revelou, é a alma de cada clube em momentos decisivos.

O contraste que tomou conta das redes
O cenário não poderia ser mais simbólico: de um lado, o Flamengo vendendo tudo rapidamente; do outro, o Fluminense tentando impulsionar sua torcida com redução de preços.
E vale relembrar o trecho que sintetiza o tom da crítica:
“De um lado, o rival do rubro-negro vendendo todos os ingressos com promoção de Black Friday para tentar puxar sua torcida com descontos, combos e convocatórias quase desesperadas. O que isso diz sobre o momento de cada clube? Sobre o comportamento das torcidas? E, claro, sobre o próprio FlaxFlu?”
Esse contraste ultrapassou o racional. Virou tema de discussão, de análise emocional e de uma rivalidade que se manifesta muito antes do apito inicial.
Por que o Flamengo esgota ingressos tão rápido?
A resposta é simples: o torcedor rubro-negro vive uma era de euforia permanente. Não importa se o time está no auge técnico ou em turbulência, a narrativa continua forte. Existe um senso de identidade e pertencimento difícil de replicar no Brasil.
O torcedor do Flamengo sente que participar do jogo é participar do espetáculo. Isso cria adesão automática, quase reflexo. No FlaxFlu, especialmente, essa energia vira combustível extra.
E a verdade é: quando o clube anuncia venda de ingressos, o torcedor rubro-negro nem pensa muito. Apenas compra.
A outra ponta: o Fluminense e o distanciamento emocional da torcida
Aqui está a parte que dói, más precisa ser dita.
O torcedor tricolor não está desconectado por falta de amor. Está desconectado por falta de confiança. O momento do time não inspira, o clima interno é pesado, e os preços praticados costumam ser acima do que a torcida está disposta a pagar em fases turbulentas.
Quando o Fluminense reduz valores de última hora, a mensagem que chega ao torcedor é mais ou menos assim:
“Precisamos de vocês. Urgente.”
E isso nunca soa bem.
Promoção não cria engajamento. Ela apenas tenta remediar a falta dele.
Por que o termo “Black Friday” viralizou tanto?
Porque a situação pareceu, digamos, conveniente demais para passar batida. Descontos próximos ao clássico, quando o rival já tinha esgotado tudo, deram brecha para o sarcasmo natural da internet brasileira.
O termo pegou não porque era literal, mas porque a situação parecia saída de um banner de varejo:
• “Últimas unidades!”
• “Preço especial!”
• “Oferta imperdível!”
É exagero? Sim.
Mas exagero com fundo de verdade sempre viraliza.
O que essa discrepância revela sobre as torcidas
O Flamengo vive fase emocional de alta: esperança, empolgação, sensação de protagonismo. Isso arrasta multidões.
O Fluminense vive fase emocional de desgaste: desconfiança, fadiga, apreensão. Isso afasta multidões.
E clássico amplifica tudo.
Onde um vê festa, o outro vê obrigação.
Onde um vê motivação, o outro vê dúvida.
Onde um vê ingresso como investimento, o outro vê risco.
O impacto psicológico antes mesmo do jogo começar
Quando um lado esgota ingressos em minutos e o outro recorre a redução de preços, o clima do clássico muda instantaneamente. O favoritismo emocional se forma antes da bola rolar.
O torcedor percebe.
Os jogadores percebem.
O rival percebe.
E, goste ou não, ingressos contam histórias sobre o momento dos clubes.
No FlaxFlu dessa vez, a história é: um chega confiante, o outro chega tentando se reencontrar.



Erros do Fluminense no timing e no discurso
O problema não foi baixar os preços.
O problema foi quando e como isso foi feito.
• Sinal de improviso
• Sensação de desespero
• Falta de narrativa clara
• Comparação inevitável com o Flamengo
• Falta de comunicação emocional
O que o Fluminense poderia fazer melhor
Se o clube quer realmente atrair seu torcedor, precisa voltar ao básico:
• Criar campanhas emocionais fortes antes do clássico
• Resgatar símbolos tricolores históricos do FlaxFlu
• Reduzir preços com antecedência, sem parecer remendo
• Reconstruir relação de confiança com a arquibancada
• Falar com a torcida, não com o consumidor
O torcedor tricolor não precisa de desconto para ir a um clássico.
Ele precisa de sentido.
Minha opinião
É estranho e até triste, ver um FlaxFlu virar discussão sobre etiqueta de preço. Um clássico desse tamanho merece arquibancada pulsante, não reflexões sobre marketing emergencial.
O sarcasmo sobre “Black Friday” só viralizou porque encontrou terreno fértil: um clube em crise emocional e outro vivendo estabilidade.
No fim, não é sobre pagar menos ou mais.
É sobre sentir vontade de estar lá.
Ingressos revelam mais do que números.
Revelam a temperatura emocional dos clubes.
E no momento, ela está fria de um lado, quente do outro.
Conclusão opinativa
Se eu tivesse que resumir este FlaxFlu em uma frase, seria esta:
O preço dos ingressos virou um espelho e cada torcida está vendo um reflexo muito diferente.
O Flamengo vive explosão de adesão e confiança.
O Fluminense vive desconexão momentânea e incerteza.
E a queda de preço pode até ajudar na bilheteria, mas não resolve a questão emocional do torcedor tricolor.
Clássico se joga no campo.
Mas se começa na cabeça e agora, também no bolso.
Sobre o autor
Eu sou o Robério Lima, sou colunista da analicts.com, apaixonado por clássicos, rivalidades e por entender por que torcedores fazem o que fazem. Cresci vendo Fla-Flu virar história e hoje escrevo para tentar explicar com humor, crítica e um pouco de provocação e o que há por trás do que parece só futebol, mas nunca é só isso.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O Fluminense fez uma Black Friday oficial nos ingressos?
Não. O termo “Black Friday” é usado de forma irônica para destacar a queda repentina dos preços e o contraste com o fato de o Flamengo ter esgotado seus ingressos rapidamente. Não houve uma campanha oficial com esse nome.
Por que o Fluminense reduziu os preços dos ingressos?
O objetivo foi incentivar a torcida a comparecer ao clássico. A adesão estava baixa, e o clube buscou aumentar a procura reduzindo valores e ajustando setores. A estratégia foi vista por muitos como um movimento tardio.
Por que o Flamengo esgota ingressos tão rápido no FlaxFlu?
A torcida rubro-negra vive um momento de grande engajamento emocional. Mesmo em fases instáveis, há uma sensação de pertencimento e expectativa que faz com que os ingressos se esgotem rapidamente, especialmente em clássicos.
A diferença de adesão entre as torcidas influencia o clima do jogo?
Sim, e muito. Clássico com setores desbalanceados muda o ambiente, afeta a percepção de favoritismo e impacta até a confiança dos próprios jogadores. Arquibancada é parte ativa da narrativa de um Fla-Flu.
Reduzir preços resolve o problema de engajamento no Fluminense?
Não. A queda de preço pode ajudar momentaneamente na bilheteria, mas não resolve a desconexão emocional que a torcida vive. Engajamento real depende de narrativa, pertencimento e confiança no projeto do clube.
O Fluminense errou ao baixar os preços perto do clássico?
O problema não é baixar, mas o timing. Quando a mudança ocorre tarde demais, soa mais como reação desesperada do que como uma estratégia pensada. Isso afeta a percepção do torcedor.
Por que a situação gerou tantos memes e ironias nas redes sociais?
Porque a combinação de desconto tricolor e esgotamento rápido rubro-negro criou um contraste perfeito para o humor. O torcedor brasileiro é naturalmente irônico e transforma qualquer cenário propício em meme.
Esse episódio afeta a imagem do FlaxFlu como clássico?
Afeta a narrativa, mas não o tamanho do clássico. Fla-Flu continua gigante. Porém, situações como essa reforçam desequilíbrios momentâneos entre os clubes e geram discussões sobre engajamento e identidade.
O preço dos ingressos pode influenciar o desempenho no campo?
Indiretamente, sim. Torcida presente gera atmosfera, vibração, pressão e energia. Clássico com setores vazios de um lado e lotados do outro cria um ambiente emocional assimétrico, que influencia o jogo.
Existe solução de longo prazo para o Fluminense aumentar o engajamento?
Sim: reconstrução emocional com a torcida. Isso inclui campanhas de identidade, transparência, ajustes de preço coerentes, ações de aproximação e resultados em campo. Engajamento não nasce de desconto — nasce de conexão.
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