Nos bastidores da CBF: Flamengo e Palmeiras jogam um jogo que o torcedor não vê

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Robério

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Entre reuniões secretas e critérios técnicos “sigilosos”, CBF
Entre reuniões secretas e critérios técnicos “sigilosos”, CBF

O futebol que acontece longe das câmeras, nos bastidores da CBF

Há um futebol que o torcedor não assiste.
Ele não está no campo, nem nas estatísticas.
Está nas salas climatizadas da CBF, onde dirigentes e comissões técnicas travam partidas de bastidor com o mesmo sangue nos olhos que os jogadores mostram no gramado.

Quando a entidade anuncia “critérios técnicos sigilosos” para definir o árbitro de Flamengo x Palmeiras, não é apenas uma nota burocrática. É um movimento de poder. E todo movimento de poder no futebol brasileiro tem dono, torcida e consequência.


O silêncio que grita: a CBF fala pouco, mas diz muito

A palavra “sigiloso” numa instituição pública do futebol soa quase como provocação.
Se a arbitragem fosse um produto, o torcedor seria o cliente enganado: paga ingresso, mas não pode ver o manual de qualidade.

É claro que o discurso oficial é bonito “avaliação técnica dos últimos 90 dias”, “mérito”, “estatísticas internas”.
Mas pergunte a qualquer dirigente ou ex-árbitro se eles já viram esse ranking.
A resposta é o mesmo silêncio que ecoa desde os tempos do fax e do telefone fixo.

A transparência da CBF continua sendo um gol contra em câmera lenta.

Nos bastidores da CBF e o jogo que o torcedor não vê
O jogo das narrativas no sigilo da arbitragem

Fla e Palmeiras: dois gigantes, duas narrativas

Nenhum clássico desperta tanta paranoia quanto Flamengo x Palmeiras.
E digo isso sem medo: os dois clubes têm razão e exagero na mesma medida.

O lado rubro-negro

O Flamengo se sente perseguido pela comissão de arbitragem.
Relembra expulsões, pênaltis ignorados e o que chama de “critérios elásticos” ora vale, ora não vale.
Nos bastidores, o vice-presidente Bap tem repetido que “futebol profissional precisa de avaliação profissional”.
Traduzindo: o clube quer critérios públicos e responsabilização.

O lado alviverde

O Palmeiras responde com ironia: “quando não ganha, o outro lado grita”.
Para os paulistas, há uma campanha de pressão midiática que tenta condicionar o apito.
E, convenhamos, eles também têm memória seletiva: esquecem quando o VAR os favoreceu lembram quando os prejudica.

É o eterno jogo da narrativa, e a CBF, no meio, virou o árbitro de uma partida que nunca termina.


Créditos: Fabio Souza/CBF

A política do apito

Aqui está o ponto que poucos têm coragem de dizer:
arbitragem no Brasil é política, não técnica.

Cada erro grave muda o humor de dirigentes, interfere em votações internas e, no fundo, serve de munição para disputas muito maiores – as de poder dentro da CBF.

O torcedor acha que é sobre pênalti, mas é sobre influência.
É sobre quem fala com quem, quem tem assento em qual comissão, quem financia determinado projeto de arbitragem.
Enquanto o campo esquenta, os gabinetes esfriam.
E, nesse ambiente, a palavra “mérito” vira moeda de troca.

bastidores secreto da CBF
Créditos: Fabio Souza/CBF

Árbitro estrangeiro: solução ou confissão de falência?

Quando Eric Faria sugeriu árbitros estrangeiros para clássicos como este, a internet pegou fogo.
Parte aplaudiu, parte chamou de loucura.
Eu, sinceramente, vejo isso como um grito de desespero elegante.

Trazer juiz de fora não resolve a cultura da desconfiança.
Pode até aliviar uma rodada, mas não cura o sistema.
Enquanto não houver gestão transparente e profissional, o problema continuará sendo nosso — e feito em casa.


O torcedor no meio do tiroteio

Quem ama futebol está exausto.
Cansado de ver dirigentes culpando árbitros, árbitros culpando o VAR e o VAR culpando o “protocolo”.
Enquanto isso, o torcedor tenta entender o que acontece, mas o jogo já virou novela.

No fim, o apito apita, a CBF promete mudanças, os clubes reclamam, e nós, jornalistas e torcedores, voltamos à estaca zero.
É a mesma reprise, só muda o uniforme.


O que falta? A coragem de abrir a caixa-preta

Transparência não é modismo, é sobrevivência.
A CBF precisa abrir seus relatórios, publicar rankings, assumir erros e, principalmente, entender que o torcedor não é inimigo é o motivo de existir.

Enquanto a entidade tratar informação como segredo de Estado, continuará sendo refém da própria desconfiança.

E se a CBF realmente quer modernizar o futebol brasileiro, pode começar abrindo o placar da verdade: mostrar números, critérios e avaliações.
A tecnologia já está aí falta vontade.


A bola continua rolando, mas o jogo real está em outro campo

Quando o árbitro apitar Flamengo x Palmeiras, milhões estarão de olho em cada gesto, cada cartão e cada replay congelado.
Mas o verdadeiro clássico continuará acontecendo nos bastidores, onde ninguém marca impedimento nem pênalti.

E enquanto não houver transparência, o torcedor seguirá desconfiando —
não do jogador que erra, mas do sistema que se recusa a explicar.

O futebol brasileiro não precisa de um novo apito.
Precisa de honestidade com microfone aberto.


Apresentação do autor

Eu sou Robério Lima, colunista do portal Analicts.
Escrevo porque acredito que o futebol é muito maior do que o placar é um espelho da forma como conduzimos nossas instituições, nossas paixões e nossas contradições.
Aqui, minha opinião é sempre sincera, fundamentada e livre de rótulos.
Falo com o torcedor comum, com o dirigente atento e com quem acredita que o futebol pode e deve ser melhor do que os bastidores que o cercam.


FAQ – Perguntas Frequentes

1. Por que a CBF não divulga os critérios de arbitragem?


A entidade alega que usa um ranking técnico interno, mas não publica detalhes, o que gera críticas por falta de transparência.

2. Flamengo e Palmeiras têm influência política na CBF?


Ambos participam de blocos de poder e tentam ampliar sua voz nas decisões o que torna cada erro de arbitragem um assunto político.

3. Árbitros estrangeiros podem apitar o Brasileirão?


Podem, mas apenas com autorização especial da CBF e da FIFA. É uma medida rara e polêmica.

4. O que o torcedor pode esperar do próximo Fla x Palmeiras?


Um espetáculo de futebol dentro e fora de campo — e, se nada mudar, mais uma rodada de desconfiança sobre o apito.


Robério Lima – Analicts React Futebol – Opnião
Publicação: Outubro de 2025


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