Sem entregadores, sem vendas? A paralisação dos motoboys e o colapso do delivery

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Greve dos motoboys gera prejuízo em Restaurantes

O que a paralisação dos motoboys revela sobre a fragilidade do delivery no Brasil?

Um sistema que movimenta bilhões depende de uma classe precarizada

Você sabia que só o iFood movimentou mais de R$ 50 bilhões em pedidos em 2023? Agora imagine esse número despencando em dois dias.

Nos dias 31 de março e 1º de abril de 2025, entregadores de todo o Brasil se mobilizam para a maior paralisação nacional já registrada no setor, conhecida como Breque dos Apps. As reivindicações incluem:

  • Aumento da taxa mínima por entrega
  • Reajuste por quilômetro rodado
  • Fim de bloqueios automatizados injustos
  • Pagamento justo por pedidos múltiplos

Como disse *Lucas, motoboy em São Paulo há 6 anos:

“Se o cliente paga R$ 10 de entrega, eu recebo só R$ 3,50. O resto some no aplicativo. Chega uma hora que a gente cansa.”

A questão é simples: sem motoboy, não tem delivery. E sem delivery, não tem venda.


Por que restaurantes e pequenos comércios são os mais afetados?

Porque dependem exclusivamente dos apps de entrega para sobreviver

O delivery se tornou a principal fonte de receita para muitos negócios após a pandemia. Porém, com a paralisação dos motoboys, os prejuízos podem incluir:

  • Queda abrupta nos pedidos
  • Atrasos que afetam a experiência do cliente
  • Cancelamentos e reembolsos
  • Estoque parado e desperdício de alimentos
  • Avaliações negativas nos apps

📉 Dado real: Pequenos restaurantes dependem até 85% do faturamento via aplicativos. Sem entregador, esse número vai a zero.

Depoimento de Ana Paula, dona de uma hamburgueria em Recife:

“Não temos frota própria. Se os entregadores param, a gente simplesmente não vende.”


As plataformas de entrega estão ignorando a crise?

O silêncio dos apps alimenta a revolta e ameaça sua própria reputação

Empresas como iFood, Rappi e Uber Eats ainda não deram uma resposta clara à mobilização. Enquanto isso, as críticas se acumulam:

  • Entregadores recebem menos por entrega
  • Comerciantes pagam mais taxas
  • Clientes enfrentam atrasos e aumento no valor do frete

A insatisfação é generalizada. A falta de diálogo está colocando o modelo atual à beira do colapso.


Como sua empresa pode agir agora para evitar prejuízos com a paralisação dos motoboys?

Exemplos práticos que empresários podem aplicar já

A paralisação está próxima. Negócios que dependem do delivery não podem mais esperar. Aqui vão 4 ações práticas:

1. Crie um canal de entrega direto

Use o WhatsApp Business com catálogo, Pix e rastreamento de pedidos.
Exemplo: Padaria Digital Pão Quente, de Brasília, aumentou em 40% os pedidos diretos após usar grupos locais de entrega.

2. Incentive retirada com bônus

Ofereça desconto ou sobremesa grátis para quem retirar pessoalmente.
Exemplo: “Retirou, ganhou!” — campanha usada por um sushi bar em Salvador que fidelizou clientes locais.

3. Contrate motoboys independentes fixos

Negocie semanalmente e evite as tarifas abusivas dos apps.
Exemplo: Uma pizzaria em São Paulo criou uma rede com 3 entregadores fixos por bairro. Reduziu custos em 28%.

4. Comunique com transparência

Avise seus clientes sobre a paralisação nas redes sociais e ofereça alternativas. Mostre que você se importa.


O futuro do delivery depende de entregadores ou da tecnologia?

Ambos — mas com equilíbrio e respeito ao trabalhador

A paralisação dos motoboys mostra que o sistema atual é centralizado, vulnerável e injusto. Mas ela também abre espaço para inovação.

Tendências que vão crescer:

  • Plataformas alternativas com entregadores cooperados
  • Sistemas de logística híbrida (motoboy + retirada)
  • Entregas autônomas (bike elétrica, drone, lockers)
  • Entregas diretas via WhatsApp + geolocalização

As empresas que dominarem sua própria logística terão mais controle, menos custos e clientes mais satisfeitos.


Você está preparado para vender mesmo se os apps pararem?

A paralisação dos motoboys não é só sobre taxas. É um grito por respeito. Um alerta para lojistas. E um divisor de águas para o delivery.

Não espere a crise bater no caixa. Antecipe-se.
Reinvente sua operação, fortaleça sua marca e valorize quem realmente entrega seus resultados.


Perguntas Frequentes (FAQ)

A paralisação dos motoboys vai acontecer mesmo?

Sim. Está marcada para os dias 31 de março e 1º de abril de 2025 em todo o país.

Quem será mais afetado?

Negócios que dependem exclusivamente de apps de entrega e não possuem canal direto de vendas

O que os motoboys estão exigindo?

Reajuste de taxas, pagamento justo por pedido e melhores condições de trabalho

Minha empresa pode vender sem os apps?

Sim! Com logística própria, vendas diretas e boa comunicação, é possível manter o faturamento.

Essa paralisação pode se repetir no futuro?

Sim. Se nada mudar, novas greves podem surgir com ainda mais impacto.


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